FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Turismo religioso no Brasil: um grande potencial econômico

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Alexandre Sampaio

As belezas naturais, marcadas pelas paisagens mais diversas, sejam elas formadas por praias, montanhas ou florestas, fazem do Brasil um território internacionalmente conhecido como um país “abençoado por Deus e bonito por natureza”, referência eternizada na letra de Jorge Ben.

E não é novidade que tais aspectos o tornam um forte destino turístico, capaz de movimentar bilhões anualmente, tanto com visitantes estrangeiros quanto nacionais, curiosos em desfrutar de todas as maravilhas que o país oferece.
 
Porém, existe uma modalidade de turismo que merece nossa atenção, em virtude do seu potencial econômico cada vez mais crescente. Trata-se do turismo religioso, que agrega mais de 200 destinos em todo o Brasil. Números do Ministério do Turismo apontam que, só em 2017, o segmento movimentou cerca de R$ 15 bilhões no país e atraiu em torno de 30 mil peregrinos estrangeiros. Com maior parte das atrações ligadas ao cristianismo, as opções não deixam a desejar ao pluralismo brasileiro e agradam adeptos do budismo, do candomblé, do espiritismo e de tantas outras religiões. 
  
Entre os principais destinos estão Aparecida (SP), cuja Catedral-basílica recebeu 12 milhões de visitantes ano passado; Nova Jerusalém (PE), palco anual da Paixão de Cristo no agreste pernambucano; Juazeiro do Norte (CE), com o Santuário do Padre Cícero; e Belém (PA) e a tradicional comemoração do Círio de Nazaré.

Para desfrutar de todas essas opções e do livre exercício da fé, portanto, nossos turistas precisam de estruturas preparadas para recebe-los, com o conforto e com os serviços que merecem. Isso exige de hotéis, pousadas, bares e restaurantes o devido preparo para arcar com um atendimento à altura do que os milhares de visitantes desejam. 

Portanto, diante do momento delicado pelo qual passa a economia brasileira, o turismo religioso pode ser visto como uma importante oportunidade de investimento para os empresários dos mais diversos setores envolvidos nessa imensa movimentação de viajantes. Porém, além disso, merece atenção especial por parte do Estado brasileiro, para que sejam desenvolvidas políticas de incentivo e de fortalecimento do ramo, atualmente sob forte impacto de tributos. A fé que move montanhas pode mover o desenvolvimento econômico do nosso país também. Cada um pode fazer a sua parte.

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