FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Parques temáticos na pauta do turismo

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CNC sedia seminário sobre a importância desse tipo de empreendimento para o desenvolvimento da atividade turística

A Importância dos Paques Temáticos para o Turismo foi discutido durante seminário realizado na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quarta-feira (15). Promovido pelo Ministério do Turimo (MTur), com o apoio da CNC, o evento contou com a presença do ministro Marx Beltrão, e do presidente da Associação Internacional de Parques de Diversões e Atrações e vice-presidente mundial da Walt Disney Company, Greg Haled.

Também estiveram presentes o presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci; o presidente da Frente Parlamentar do Turismo (Frentur), deputado federal Herculano Passos (PSD/SP); e o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (CETur) da CNC, Alexandre Sampaio.

Com o auditório lotado, os debates a respeito da importância da manutenção dos atuais parques e resorts temáticos situados no Brasil e da criação de outros, atraindo investidores estrangeiros, despertaram especial interesse dos empresários do ramo. Especialmente porque os parques temáticos têm rendido milhões de dólares mundo afora, conforme mostrou em sua palestra o vice-presidente da Walt Disney Company, Greg Hale.

A ideia do seminário é agregar esforços da União e de unidades representativas do setor, a fim de solucionar os principais gargalos e superar as dificuldades. A intenção é fomentar a contínua discussão dos principais gargalos, do cenário internacional e das perspectivas do setor para o Brasil. Sendo assim, as palestras focaram em soluções para captação de mais visitantes e turistas nos parques de todo o Brasil.

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, destacou a importância do empresário do turismo conhecer os parques internacionais, para que os nossos cresçam e recebam investimentos internacionais. Demonstrando preocupação com o avanço do turismo no País, Beltrão ressaltou que o foco atual é virar a página, avançando em todas as pautas municipalistas e concretizar o crescimento do turismo brasileiro.

Quanto à lei geral do turismo, falou da modernização a ser trabalhada em pautas fundamentais para o crescimento do setor com competitividade internacional.

“Temos hoje cerca de 60 milhões de turistas viajando pelo Brasil e ainda há 70 milhões prontos para entrar nesse mercado. O fortalecimento do turismo doméstico, em suas múltiplas formas – de negócios, ecológico, esportivo, religioso e de diversão, como os parques temáticos – é um caminho a ser explorado. Temos um grande potencial”, argumentou Beltrão.

O presidente da FBHA e do Cetur/CNC, Alexandre Sampaio avaliou como muito pertinente a realização de um evento dessa natureza, principalmente no momento porque passa a economia brasileira e considerando o potencial que o turismo tem de gerar, e de forma rápida, riquezas para o país.  “É uma iniciativa  de suma importância para entender a potencialidade desse tipo de negócio, a fim de se tornar indutor de crescimento turístico e gerar emprego e renda”, comentou.

O Secretário Executivo do CETur, Eraldo Alves da Cruz, lembrou que o Brasil hoje tem poucos, porém excelentes parques – com ajuda do governo e da iniciativa privada -, e que onde eles se instalaram vingaram como verdadeiras âncoras para cada região. Citou como exemplo o Beto Carreiro World – em Santa Catarina; o Beach Park – em Fortaleza ; e o Hot Park – em Caldas Novas. “Todos vão a essas regiões com o objetivo de conhecer os parques temáticos”, afirmou.

Segundo Eraldo, esse seminário, com a presença do vice-presidente da Walt Disney, propiciou discussões que alertaram aos governantes sobre as necessidades para a criação e manutenção de um parque de diversões, para que as autoridades abram os caminhos com foco em investimentos em infraestrutura e acessibilidade no País.

“Se o Brasil flexibilizar as normas e reduzir impostos para que os empresários comprem os equipamentos, isso vai trazer um avanço para o país e crescimento para o turismo”, finalizou Eraldo.

Ajustes

Marx Beltrão, afirmou que o Ministério do Turismo está focado no trabalho para o mercado se desenvolver, gerar empregos e melhorar a economia do País, destacando que um parque temático pode fomentar quase 60 mil novos empregos. Para isso, o ministério tem uma agenda de diversas reformas para o setor, que envolve a liberação de 100% (cem por cento) do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais – a fim de reduzir o preço das passagens – e o fim da exigência de vistos para americanos e chineses, além de desonerações tributárias.

A redução da burocracia (exigência de vistos), aumento da competitividade (com aéreas estrangeiras) e aumento de empregos com mais isenções tributárias é uma linha já traçada nesse governo, segundo ele.

Greg Hale disse que, para sobreviver, um parque temático precisa constantemente se renovar, para continuar a atrair os turistas. Quanto a isso, o ministro ponderou que para colocar novos brinquedos em um parque de diversões, o empresário brasileiro pensa duas vezes, porque sai muito caro. Contudo, os  atuais poderão, segundo ele, crescer com menos impostos e, assim também, poderão ser criados novos.

“Temos hoje nove dos dez melhores parques do mundo. Mas, temos que fazer alguns ajustes. E o fundamental é fazer investimentos. A infraestrutura é essencial. Contudo poucas pessoas sabem que uma única montanha russa possa custar mais de 15 milhões de reais”, disse Beltrão.

Gargalos

O combate a gargalos para dinamizar os parques temáticos no Brasil foi tema abordado pelos palestrantes, a fim de contornar o atual momento vivido pelo setor turístico. Diretor do Sindepat, Murilo Pascoal – gerente do Beach Park -, falou da importância da separação dos distritos de turismo para a realização de um projeto passível de sucesso. “Se fizéssemos uma divisão pontual: parques temáticos; regiões de marinas; Beach Park; Amazônia, Foz do Iguaçu, entre outros, para trabalharmos caso a caso, talvez consigamos obter mais sucesso”, declarou Pascoal.

Rogério Siqueira, diretor do Beto Carrero World, ressaltou a importância dos parques temáticos para o mundo. Segundo ele, além ajudar a economia do país e criar empregos, diverte a todos, “O Beto Carrero é um orgulho para nós”.

O presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, falou sobre as expectativas do empresário diante da não evolução dos parques. “Faltam investimentos em renovação e equipamentos”, argumentou, lembrando que em 1994 houve um estímulo de ex-tarifário, que “durou apenas dois anos, mas foi o suficiente para a criação de três parques da Mônica, Wet’n Wild e Beach Park”.

“Ou seja, bastam alíquotas mais baixas para que os investimentos surjam. Se essa janela não tivesse sido fechada em 1996, já estaríamos muito à frente e não estacionados. Assim é nossa realidade, com incentivos ficais os resultados aparecem de imediato”, finalizou Baldacci.

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