Os associados do Sindicato de Gastronomia e Hotelaria de Novo Hamburgo, Estância Velha, Campo Bom, Sapiranga, Ivoti e Dois Irmãos (SindGastrHô) apresentaram resultados bem diferentes durante o período da Copa do Mundo. Segundo levantamento feito pela entidade em dezenas de estabelecimentos, os hotéis tiveram um crescimento de 21% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o setor de restaurantes, bares e casas noturnas não tem muito a comemorar: a queda no movimento foi, na média, 18%.
Segundo alguns gerentes de hotéis, o fato de seleções como Argentina, França e Alemanha terem jogado suas partidas da Copa em Porto Alegre trouxe reflexos até em cidades vizinhas. Outro detalhe é que o crescimento na ocupação não foi uniforme, tendo seus pontos altos concentrados em dois ou três dias, quando ocorriam as partidas no Estádio Beira-Rio.
Em relação a bares, restaurantes e casas noturnas, a Copa não deixará boas lembranças dentro e fora de campo. Na média, houve queda de 18% na movimentação e no faturamento dos estabelecimentos. Segundo alguns empresários, o fato de muitos estabelecimentos encerrarem expediente horas antes das partidas do Brasil fez com que muita gente ficasse em casa. O horário dos jogos – a seleção jogou num sábado às 13 horas – também afetou o movimento naquele dia. E, além disso, muita gente organizou atividades em casa ou na residência de amigos, interferindo diretamente na movimentação.
O presidente do SindGastrHô, César Silva, avalia que a Copa foi positiva para o futuro do país. “Vendemos uma imagem bastante positiva do Brasil no exterior. Vamos poder colher frutos daqui pra frente”, comentou. Em relação aos resultados distintos dos associados do sindicato, o presidente comentou a particularidade do evento. “Tivemos perdas e ganhos, dependendo da área da atuação. É uma situação momentânea que precisa ser compreendida em função do tamanho do evento”, completou. De maneira geral, os associados do SindGastrHô acreditam que o maior legado da Copa está no setor do turismo, com boas possibilidades de crescimento a partir do ano que vem.
