FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Alexandre Sampaio (FBHA) fala sobre os resultados de 2018 e o que esperar de 2019

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Conversamos com Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), sobre o setor em 2018 e o que o brasileiro pode esperar para o ano que vem. Veja o que disse o executivo: 

HN – Como você avalia o ano que está acabando?

AS – 2018 foi de muito trabalho e de razoáveis resultados. Por causa das eleições houve grande expectativa quanto ao futuro, mas estamos otimistas. Apesar da crise, vivemos um período de melhora em diferentes indicadores do setor, principalmente em relação a 2017. Temos como exemplos os dados do MTur dando conta de que a permissão para emissão de vistos eletrônicos em Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália resultou num crescimento de 65% em outubro ante o mesmo mês período do ano passado.

Juntos, os quatro representam 80% do total de pedidos de entrada no Brasil. A manutenção do status de ministério da pasta de turismo também nos deixou seguros e satisfeitos. Foi um sinal de que há um reconhecimento do novo governo quanto à importância no setor na economia do país. Estamos confiantes de que a iniciativa privada terá um papel mais ativo na futura gestão.

HN – Quais são as principais metas para 2019?

AS – Temos diversas demandas para o próximo ano, todas reunidas no documento ‘Turismo: +Desenvolvimento +Emprego +Sustentabilidade’, já entregue ao governo e que pode ajudar a dinamizar as atividades do setor. Uma das metas principais da FHBA será continuar a luta por uma reforma fiscal e tributária já anunciada. Isso será determinante para que o setor de hotéis e restaurantes possa se recuperar e desenvolver. Temos diversos projetos futuros e, para citar alguns, temos a integração de nossos sindicatos aos conselhos Sesc/Senac regionais, sugerir práticas de melhor administração por meio do Sistema de Excelência em Gestão Sindical da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e ajudar na boa comunicação entre eles e com seus associados.

Pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), na CNC, nosso objetivo é seguir com metas favoráveis para o setor. Acredito que as políticas de empregabilidades devem ser incentivadas. Devemos ter medidas que agilizem o licenciamento ambiental com apoio dos governos federal, estadual e municipal. A implementação de uma política de criação de zonas de interesse turísticas, similar ao que existe em Cancun, no México, seria importante para o setor. Da mesma forma que a ampliação do regime de concessões dos aeroportos nacionais, a unificação de um regime único de ICMS para o querosene de aviação em todos os estados junto ao Confaz ou com a própria implementação do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA). Esperamos uma definição sobre o projeto de lei que transforma a Embratur em agência. Seria importante também a liberação dos jogos no Brasil, a regulamentação de plataformas de hospedagem como Airbnb e similares, a unificação de políticas de incentivo para que os Conventions Bureau recebam algum tipo de recurso, e a aprovação da modernização da Lei Geral do Turismo.”

O nosso setor tem peso significativo na economia do Brasil e, diante da sua complexidade, precisa de boas estratégias e recursos para investimentos necessários. Pretendemos colaborar no que for preciso com o futuro ministro Marcelo Álvaro Antônio. O desejo do trade é que o turismo possa ocupar papel central na retomada do crescimento econômico. Penso que o futuro ministro dará atenção às políticas públicas e ao estímulo a programas de relevância nacional para toda a nossa cadeia produtiva.

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